segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Um grande encontro da oposição tricolor

Deley e Eduardo Coelho

O espírito da reunião do dia 9/11 foi apenas de UNIÃO e de vontade se SOMAR. Subtrair jamais! A dinâmica do processo definirá mais adiante o nome que terá a missão de convergir toda a OPOSIÇÃO. O momento não é de escolhas de nomes. O momento é de muito DIÁLOGO! De amadurecimento do DIÁLOGO entre TODAS as forças políticas de OPOSIÇÃO. E quando se fala em amadurecimento, isso tem um peso enorme. A evolução da caminhada demonstrará muito sobre esta questão. 

De OPOSIÇÃO são TODOS os que rejeitam o atual estado de coisas que ocorrem no Fluminense. Ninguém é mais OPOSIÇÃO do que ninguém. É plenamente compreensível que durante o processo ocorram alguns ressentimentos. E eles precisarão ser exaustivamente analisados, compreendidos, para que possam ser solucionados. Vamos TODOS estabelecer o DIÁLOGO.

Existem três nomes fortes entre os atuais quadros da OPOSIÇÃO do Flu: JULIO BUENO, DELEY e CELSO BARROS. Na reunião de 9/11, DELEY e CELSO BARROS estiveram presentes. E JULIO BUENO de certa forma esteve representado por seu filho, DIOGO BUENO. Isso significa, no mínimo, que a disposição ao DIÁLOGO existe entre os TRÊS GRANDES LÍDERES DA OPOSIÇÃO TRICOLOR. Com o máximo respeito a todos os postulantes e aos teóricos, mas este três líderes possuem maior capacidade de competitividade eleitoral. São os nomes que mais encontram condições de que seja viabilizada uma campanha eleitoral que possa ser vitoriosa.




                             Celso Barros e Eduardo Coelho


Alguns teóricos têm abusado de enigmáticas mensagens. É compreensível que alguns criem as mais variadas teorias para tentar inviabilizar a UNIÃO da OPOSIÇÃO TRICOLOR. Principalmente, diante da percepção de algumas modificações espaciais.

É incrível como as coisas e pessoas ficam ultrapassadas rapidamente. O DELEY em 2013 foi o candidato da OPOSIÇÃO. Em 2013, o DELEY era o bonitão e servia como candidato da OPOSIÇÃO. Mas de repente para alguns teóricos, agora ele não serve mais. Ficou feio? Fantástico!

DELEY nunca exerceu cargo político no Fluminense. Ele nunca participou ativamente do processo político tricolor antes de 2013. Mas hoje, já tem gente por aí querendo colocá-lo como pertencendo ao passado político do Clube. É o DELEY que é ligado ao passado político do Fluminense? O único passado que o DELEY tem no Flu é como jogador de futebol mais vitorioso da década de 1980. Não tem pra ninguém! Atualmente, o DELEY é um vitorioso na sua trajetória política. Disputou quatro eleições e conquistou quatro mandatos.

E façamos justiça também ao JULIO BUENO. Ele apenas participou da Vanguarda Tricolor. E querem colocá-lo também como alguém do passado político do Flu? Na eleição de 2010, os que hoje estão no poder do Fluminense tentaram transformá-lo num grande vilão. Distribuíram adesivos atacando a honra de JULIO BUENO, quando não existe nada que desabone sua conduta como homem público.

Depois desse lamentável episódio, JULIO BUENO deu prosseguimento a sua exitosa trajetória como gestor público. Atualmente, ocupa uma das secretarias mais importantes do governo do Estado do Rio de Janeiro: a Fazenda. Por sua liderança, JULIO BUENO terá um papel preponderante nos rumos da OPOSIÇÃO TRICOLOR. Como já teve na eleição de 2013, sendo a principal lideranças da OPOSIÇÃO e grande articulador do lançamento de DELEY como candidato a presidente. No entanto, a candidatura de DELEY foi lançada em cima da hora, não tendo a oportunidade de explorar todas as suas potencialidades devido ao breve tempo de campanha. A sensatez de JULIO BUENO será muito importante no caminho da UNIÃO TRICOLOR.

Sobre CELSO BARROS ocorre algo semelhante. Ele nunca participou diretamente do processo político tricolor. Na década passada, foi vice-presidente de futebol apenas por alguns meses. E recentemente foi eleito como conselheiro na chapa do atual presidente, mas não teve grande atuação. Seu grande brilho sempre se deu como presidente da UNIMED. A empresa foi a principal responsável por milhões de reais que possibilitaram a contratação de excelentes jogadores que deram ao Fluminense TRÊS (2 Brasileiros e 1 Copa do Brasil) dos CINCO títulos nacionais que o Flu possui. Alguns podem até não gostar dele, mas negar a sua importância para o Fluminense nos últimos quinze anos, não dá. Então, colocá-lo ligado ao passado político do Flu é querer muito tirá-lo de sua condição de protagonista do atual processo político.

Com estes três líderes UNIDOS, a OPOSIÇÃO TRICOLOR estará no rumo certo e com amplas possibilidades de vitória em 2016. Evidentemente, desde que o trabalho comece desde já. E para isso será muito importante muito DIÁLOGO. É a perenidade do Fluminense que está em jogo. Contudo, será fundamental superarmos ressentimentos, a vaidade e algumas teorias. Para que a OPOSIÇÃO não se divida em aventuras e diversas candidaturas que só poderão interessar aos que estão hoje no poder. Portanto, a atenção deve ser total na busca da UNIÃO TRICOLOR, baseada na intensificação do DIÁLOGO.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Ivair - O Príncipe do Futebol - Trailer

Colaborar com os diretores Cristiano Fukuyama e Luiz Nascimento para a realização do documentário “Ivair – O Príncipe do Futebol” foi algo que me deu um enorme prazer. Foi o reconhecimento de um trabalho literário independente, feito de forma criteriosa, com muita dedicação e carinho.

Ivair chegou ao Flu trocado pelo ídolo Samarone, em 1971. Era natural que ocorresse uma desconfiança da torcida tricolor. Porém, a dedicação de Ivair no campeonato de 1971 foi algo fora do comum. Ao chegar às Laranjeiras, Ivair declarou: “Eu prometo suar até sangue, para ajudar o Fluminense a ganhar”. E cumpriu a promessa. Com o belo futebol de Ivair e seus gols, o Flu conquistou o título.

Descrevi este e outros fatos desta epopeia no livro “Carioca de 1971 – A verdadeira história da vitória do Fluminense sobre a Selefogo alvinegra”, pela Maquinária Editora. Ivair foi campeão carioca pelo Flu em 1971 e 1973. O lançamento do filme será no dia 27 de janeiro (aniversário de 71 anos do Ivair), no Teatro Gamaro, em São Paulo.    


Ivair – O Príncipe do Futebol - Trailer

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O Fator Rubens Galaxe

Não é difícil entender esta confusão no Fluminense provocada, desta feita, por um membro da OAB. Ordem dos Analfabetos da Bola. Quem tem sua carteirinha retirada num concurso de cartolas, aqueles personagens temidos por Nelson Rodrigues, João Saldanha, Sandro Moreira e Armando Nogueira que continuam, infelizmente, dando suas caneladas no futebol brasileiro. Mário Bittencourt, o OAB da vez, que já foi do CREMERJ, da UNIMED, de uma sigla qualquer formada fora das quatro linhas, jamais chupou gelo com alguém. Não freqüentou vestiários quando adolescente, não deu volta olímpica, é mais um torcedor fanático  que se aproveita da fragilidade dos clubes de futebol e emergem, enquanto sócios, à direção do futebol. O que esperar dele senão seguidas contratações equivocadas. Posturas induzidas pela emoção. Jamais pela razão.

No nosso futebol, incrível, não há um só atleta como dirigente forte da CBF, das suas confederações ou dos seus clubes. Não há um Platini, um Beckenbauer, um Passarela. Só Del Nero, Rubens Lopes, Ricardo Teixeira. Nos envergonha, como brasileiros, quando num mundial, em uma Libertadores, as lentes se dirigem às tribunas e os representantes do nosso lado, sem exceção, são figuras que jamais deram um chute na bola de futebol. Colaboraram com o esporte dentro ou fora das quatro linhas. Nossos ídolos, ou estão treinando times ou comentando futebol pela televisão quando poderiam colaborar com sua organização. Com sua moralidade e respeitabilidade.

Se no Fluminense houvesse justiça, e seriedade, e coerência, o Diretor de Futebol deveria ser o Rubens Galaxe. Não Mário Bittencourt. Poucos na história do clube, talvez Pinheiro, Zezé Moreira e Telê Santana tenham dedicado tanto suas vidas ao clube. Rubens chegou às Laranjeiras aos 16 anos e percorreu todas as divisões, vestiários e duchas. Jogou no juvenil, juniores, profissionais, defendeu a seleção brasileira sub-20, foi às Olimpíadas de 72, na Alemanha, jogando em todas as posições possíveis. Era o chamado coringa. Nascido em Conselheiro Josino, interior de Campos dos Goytacazes, permaneceu com seu amor ao clube colado à instituição que aprendeu a amar. Após ganhar todos os títulos e o respeito de todos, estudou administração, voltou ao Fluminense para treinar os juvenis em Xerém e chegou, como treinador, a dirigir os profissionais numa Taça Brasil. Com todo este currículo, está trabalhando algum tempo no Detran. Como tricolor de coração e vida, empresta sua fidalguia, disciplinas, honradez e sabedoria esportiva (que aprendeu na mais conceituada escola de futebol do mundo, com mestres da linhagem de José de Almeida e Roberto Alvarenga) a um órgão que precisa historicamente de pessoas íntegras por lá, mas que poderia se estender a quem mais precisa, no momento, de tudo isto mais a cumplicidade de um gelo trocado. Do suor dos vestiários. Das tiradas inesquecíveis do Ximbica. Do burburinho do Bar do Fidélis, do samba e histórias do simpático massagista Jerônimo.

O Fator Rubens Galaxe, que aproveita no clube toda a sabedoria e amor de quem por ali fez sua história, deveria vencer o Fator OAB, que coloca todo clube de futebol órfão das decisões de quem estudou Direito, mas bate torto na bola. Fez residência no Souza Aguiar, mas nunca dormiu em uma concentração. Possui cartão UNIMED, mas não alcança os anseios dos torcedores que vão aos estádios com a carteirinha do SUS. Pedrinho do Vasco, Junior do Flamengo e Afonsinho no Botafogo como diretores de futebol. Simples assim. Então, em nome de toda nossa história, Presidente Siensem, vamos iniciar um novo troca troca como fez seu antecessor Francisco Horta. Rubens Galaxe no futebol, Bittencourt no Detran. O transito já está ruim mesmo e tenho certeza que o Rubens ensinará o Ronaldinho estacionar seu talento na vaga existente entre o Jean, Cícero e o Fred.



Zé Roberto Padilha

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O sepulcro de um defunto medíocre e soberbo

O ambiente nas Laranjeiras está cada vez mais conturbado. E a tendência é a chapa ficar cada vez mais quente. E nesta terça-feira, dia 22/09, foi publicada uma matéria bombástica e estarrecedora no jornal O Globo, demonstrando que o caos impera em Álvaro Chaves. A matéria é intitulada “RELAÇÕES DE PODER FLU OF TRONES”. Intriga, traição e vaidade explicam a queda do time e isolamento do vice-presidente de futebol e advogado do clube, Mário Bittencourt. A matéria é dos jornalistas Tatiana Furtado e Gian Amato. Leia abaixo, na íntegra, a matéria do Globo:


Depois de tê-lo como braço direito durante um ano e meio, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, começou a isolar e a tirar das decisões do futebol o seu vice-presidente, e possível candidato a sucedê-lo, Mário Bittencourt, que sequer participou da escolha do técnico Eduardo Baptista. Nos bastidores das Laranjeiras, fontes apontam o advogado como um dos responsáveis pela derrocada no Brasileiro – não vence há oito jogos – por “querer aparecer mais que as estrelas do elenco”, ter escalado o time em alguns jogos e brigar com jogadores, como o volante Edson.

O time subia na tabela e o sucesso, na cabeça de Mário. O Fluminense estava no G-4 e o dirigente apresentou a ideia de contratar Ronaldinho Gaúcho. Na época, Peter concordou em pagar um salário acima da realidade austera do clube à estrela, apesar de os direitos de imagem de alguns jogadores estarem atrasados naquele momento, o que deu início à insatisfação da maioria do elenco. Em uma reunião, já com a negociação adiantada, e eufórico pela confusão com o Vasco, que chegou a anunciar o jogador como quase certo, Mário teria dito: “Vou fazer e acontecer”.

NA CARONA DE RONALDINHO

Sua insistência em trazer um jogador que vinha de uma temporada fraca no México teve oposição nas Laranjeiras, onde Mário passou a ser chamado de “pavão” por buscar os holofotes da negociação. Além de o jogador ser caro e estar fora de forma, ninguém tolerou no clube a passividade do dirigente diante do vazamento de uma foto de Ronaldinho no vestiário do Atlético-MG, após a derrota no Maracanã, e o mal explicado episódio do Fla-Flu, quando o camisa 10 alegou indisposição ao saber que seria reserva. O médico que o examinou teve que liberá-lo porque o jogador disse estar com dores na garganta. Precisou confiar na palavra dele e o ruído de comunicação foi criado.

Quando houve um problema de relacionamento entre ele e Edson, que não teria atendido a um telefonema, ele avisou para quem quisesse ouvir que o volante “teria que ajoelhar para falar com ele novamente”. Isso não aconteceu e Edson saiu do time. Na época, a suspeita era que o volante teria uma rixa com o ex-técnico Enderson Moreira. Ao mesmo tempo, Mário não escondia de ninguém que escalava o time e gabava-se de contar que dava “esporro” em jogador. Na partida em que Wellington Paulista, que ele contratou, marcou um gol no Maracanã, contra o Atlético-MG, o atacante preferiu comemorar com o dirigente, em que deu um forte abraço. Apenas Gérson, muito timidamente, acompanhou o jogador.    

PRESIDENTE ASSUME QUE TOMOU O COMANDO

Incomodados com a alegada intromissão do dirigente no time, os jogadores passaram a “andar em campo”, como revelou uma fonte, que vai além: “não queriam derrubar o treinador, mas o Mário. Peter trocou o técnico, mas isso de nada vai adiantar, porque o vestiário está rachado e o Mário atordoado”.
Peter ainda reluta em tomar uma decisão definitiva sobre Mário e garante que tenta preservar o vice retomando a frente do futebol. Mas evitou que Bittencourt escolhesse o técnico e mudou o comando da preparação física – Luís Fernando Goulart, do Sport, assumiu ontem. Mário não pretende entregar o cargo, que acumula com o de advogado do clube.

O GLOBO procurou Mário Bittencourt, que, por mensagem, pediu que a reportagem entrasse em contato com a assessoria de imprensa. Já Peter assumiu que está retomando o controle do departamento de futebol, inclusive fez questão de responder aos repórteres, enquanto Bittencourt não se pronunciou. Ao negar estar em conflito com seu vice, ele admitiu que faz isso para preservar o dirigente, exposto demais à crise causada pelos maus resultados do time.
     – Em momentos ruins, um presidente se reaproxima do futebol. Até que a situação melhore, ficarei à frente do departamento, sem que isso signifique uma mudança no status do Mário – garantiu Peter.

O presidente também não quis falar sobre os problemas de vestiário.
     – Todos parecem comprometidos em mudar a situação. Para mim, o que aconteceu foi uma perda de confiança. Acredito que será recobrada – disse o presidente, que escolheu o novo treinador justamente por ter formação em psicologia.

Além da parte emocional, o presidente sabe do problema recorrente de treinar na sede social. A pressão vinda das arquibancadas diariamente e o estado ruim do campo das Laranjeiras, terreno propicio para lesões, tiveram como solução temporária a transferência dos treinos para a Escola de Educação Física do Exército, na Urca. Local isolado sem acesso de torcedores e com possibilidade de fechamento à imprensa, como já foi feito em outras oportunidades.