A VIOLÊNCIA DA CBF

A notícia do fechamento do Maracanã, na última quinta-feira, dia 26/08, deixou todos os tricolores indignados. Todos nós tricolores, devemos nos unir para defender os interesses do Fluminense Football Club. Nesta hora, não tem grupo A, B ou C. Trata-se de lutarmos com todas as forças para que o Maracanã não seja fechado, antes do término do campeonato brasileiro. Mesmo fechado parcialmente, o Maracanã é imprescindível, para o nosso time e nossa torcida, na busca do título de campeão do Brasil, em 2010.

Muitos tricolores estão se mobilizando. Os telefones não param. A internet explode. E vários emails estão sendo insistente e corretamente, enviados para as mais diversas autoridades e para a imprensa de todo o país.

E nesta sexta-feira, dia 27/08, foi divulgada uma carta em forma de protesto pela notícia do fechamento do Maracanã, pelo presidente da CEDAE (Companhia Estadual de Águas e Esgoto), o sr° Wagner Victer. Como todos sabem, Wagner Victer é um “tricolor fanático” e Conselheiro do Fluminense Football Club. A carta de Wagner Victer é excelente e nos leva a fazer muitas reflexões sobre o atual momento do futebol brasileiro.

O Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” no intuito de colaborar para o “NÃO FECHAMENTO DO MARACANÃ ANTES DO TÉRMINO DO CAMPEONATO BRASILEIRO”, reproduz na íntegra a carta do tricolor Wagner Victer. Eis a carta na íntegra:


Wagner Victer.

A VIOLÊNCIA DA CBF CONTRA OS TORCEDORES DO RIO E O MARACANÃ


Como tenho falado, o esporte e o futebol brasileiro são importantes atividades

econômicas, que certamente foram uns dos principais vetores de projeção do

nosso país no exterior, passando a imagem de um povo alegre e criativo.

Não obstante a esta atividade que movimenta bilhões de Reais no mercado

publicitário e de mídia, e em diversas outras áreas voltadas às atividades de

serviços e industria para o setor, além de contribuir para o astral positivo do

brasileiro, já que não existe nada mais salutar do que acompanhar a performance

do seu time e participar da eterna discussão de qualquer roda de amigos sobre

futebol, vem agora a CBF, em um ato unilateral, que transparece mais arrogância

e processo persecutório aos torcedores brasileiros, seus clubes, em especial os

do Rio de Janeiro, comunicar, sem qualquer prévia discussão, o fechamento do

Maracanã a partir da primeira semana de setembro.



Em um ato que transparece mais ser uma picuinha pessoal em função do não

alinhamento de alguns clubes do Rio a eleições recentes voltadas ao comando da

cartolagem do “Clube dos 13” ou por vaidades pessoais arranhadas por um mico

que publicamente a que foram submetidos na trapalhada de um convite frustrado à

um técnico da Seleção Brasileira, a CBF, transcendendo todos os pareceres de

órgãos públicos, faz mais uma atitude que demonstra que tais interferências só

jogam contra a imagem e o crescimento do esporte brasileiro.



Se as razões fossem quanto à acessibilidade de cadeirantes e portadores de

necessidades especiais, certamente uma solução técnica, até com o aval do

Ministério Público Estadual, poderia ser buscada, já que não tenho a mínima

dúvida que o próprio Promotor Rodrigo Terra, sempre atento às condições do

Maracanã, caminharia nesta linha.



Em uma decisão que afirmo como Engenheiro não guarda nenhuma lógica, já que se

existisse algum perigo para continuidade da realização dos jogos, o Maracanã

deveria ser imediatamente paralisado e não aguardar até 8 de setembro, já que

parece que podemos então ficar sob o “risco” temporário até o final do primeiro

turno do Campeonato Brasileiro, porém não ficar sujeito à esse risco no segundo

turno, lemos de maneira perplexa esta notícia nos jornais.



É estranho quando ao mesmo tempo que ao arrepio da lógica e dos torcedores

brasileiros, em especial os do Flamengo e do Fluminense, a mesma postura não

tenha sido adotada reabrindo estádios como em Curitiba, no Paraná, menos de um

ano após uma tragédia pré anunciada em todos os órgãos de imprensa e que,

transformou a última rodada do brasileiro, coincidentemente contra o próprio

Fluminense, o estádio local, em uma Praça de Guerra, o que levou inclusive à

morte de um policial, que hoje deve rodar em seu túmulo vendo a leniência e a

permissividade com a reabertura de um estádio e a não aplicação da mão forte de

uma entidade que deveria zelar pela imagem do país abalada naquele evento que

teve repercussão internacional.



A mesma entidade que zombou de todo o país ao escolher um técnico da Seleção

Brasileira totalmente inexperiente, que fez uma escalação que contou com uma

unanimidade de crítica dos brasileiros e que depois de maneira caricata o

entregou aos leões, parece que trabalha a cada momento, como nessa atitude

negativa, para derreter nossas glórias e paixões, como a Taça Jules Rimet, a

credibilidade do futebol brasileiro no exterior e principalmente o respeito por

uma das principais paixões nacionais.



Acho que o futebol brasileiro está de luto neste momento. É mais uma atitude sem

qualquer poesia e sim algo de pessoas e entidades que acham que sua liderança

pode se impor não através do diálogo ou pela construção de caminhos, mas sim

pelo autoritarismo e prepotência que não cabem mais na sociedade brasileira.

Ressalto que coloco esta minha impressão, não como administrador público que

participa de um Governo, mas em uma visão pessoal de torcedor e de Conselheiro

eleito do Clube que amo.



O genial George Lucas em sua saga “Guerra nas Estrelas” apresenta personagens

que ao invés de seguir os ensinamentos do seu mestre caminham para o lado

oculto da força. O antológico Darth Wader ficou na história não como seu sábio

mestre, mas como um vilão que não guarda qualquer admiração de gerações

futuras.



Neste momento, certamente o sábio mestre e Presidente de Honra do Fluminense,

João Havelange, eterno dirigente do futebol brasileiro, que elevou o nosso nome

no exterior, e um homem que se credenciou pelo diálogo, deve estar envergonhado

do que está acontecendo no futebol brasileiro.



Tenho ainda a esperança de que tudo se resolva e que para o bem do nosso

futebol, e que as pessoas e autoridades do setor tenham a altivez e

sensibilidade e venham a convergir para uma solução que acabe com esse impasse.