Guido é melhor que Armínio!

Até o jornal britânico Financial Times, que costuma defender posições mais conservadoras e ligadas ao mercado financeiro global, reconheceu: o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve desempenho muito superior ao do ex-presidente do Banco Central no governo FHC Armínio Fraga, no debate que envolveu os dois apresentado na Globonews.

A Globonews reuniu dois importantes economistas brasileiros para defender os dois projetos em disputa neste segundo turno das eleições. Para falar sobre as propostas econômicas da presidente Dilma, falou o ministro da Fazenda, Guido Mantega; Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo FHC e atual homem forte da economia do candidato Aécio Neves, falou pelos tucanos.

O título da matéria do Financial Times não deixa dúvida: Brazil's election: in face-off with Mantega, Fraga disappoints (Eleições no Brasil: no confronto direto com Mantega, Fraga desaponta). O jornal britânico apontou uma "narrativa coerente" nas intervenções do ministro da Fazenda de Dilma, enquanto Armínio quase sempre respondeu com o frio pragmatismo e detalhes técnicos de um executivo de Banco Central. Durante sua gestão como presidente do BC, Armínio Fraga elevou a taxa básica de juros da economia brasileira para 45% ao ano. Ainda assim, não conseguiu segurar a a inflação, que superou a marca dos 12% em 2002. 

O debate na Globonews foi uma ótima oportunidade para os brasileiros mais uma vez conhecerem as diferenças entre as duas visões de Brasil. Guido Mantega lembrou que o governo Dilma priorizou, sempre, a defesa dos empregos dos brasileiros, bem como criou as bases para o crescimento da economia, com investimentos em infraestrutura e a defesa dos bancos públicos.

Armínio Fraga, que Aécio Neves já antecipou que será seu ministro da Fazenda caso vença as eleições, voltou a mostrar pouco entusiasmo com a participação da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e do BNDES na ativação de políticas públicas para os brasileiros. Em um momento do debate, sobre as finanças públicas, chegou a ficar sem resposta para o fato de que a dívida do governo mais do que dobrou nos anos do PSDB no poder.