sexta-feira, 1 de maio de 2015

Solidariedade ao Paulo Andel

Gostaria de externar minha solidariedade ao Paulo Roberto Andel. Soube que ele está passando por um problema semelhante por qual já passei diversas vezes no Fluminense. Entendo como poucos, o que o Andel esteja sentindo. O Fluminense sempre foi uma das coisas mais importantes da minha vida. E com certeza é assim com o Andel. Receber uma ação judicial por algo relacionado ao Flu é algo... sem comentários. Mas faz parte do processo. Vamos em frente!

Existe atualmente nas Laranjeiras uma nojenta e asquerosa cultura de tentar intimidar as pessoas através de processos judiciais. Ridículo! São lobos em pele de cordeiro. Mas tudo passa! Existem questões que poderiam ser resolvidas simplesmente com diálogo. Mas a vaidade é uma grave doença e em alguns casos incurável. Pior que cocaína! Sem problemas. Não fui eu que passei pela humilhação de ler uma sentença em que um juiz ridicularizava alguém por usar o Poder Judiciário do Brasil para resolver suas "pendengas pessoais". Compreende-se diante da incapacidade intelectual, do desequilíbrio emocional e da imaturidade de alguns. É gente que pretende ser "príncipe", mas nunca deixará de ser "pequena".

No momento de meus embates, com minhas calças vermelhas resolvi encarar tudo em silêncio. Apenas uma opção estratégica. O importante era VENCER ou VENCER. Tive a feliz capacidade de "derrotar todos e todas" que pensaram que poderiam me calar. Tolinhos! Foi um verdadeiro ORGASMO!!! É um ereto prazer que sinto até hoje. Incomensurável!

Venho de inúmeras e longínquas batalhas. Aprendi com um sábio gaúcho o valor de uma gota de orvalho. A importância de uma planta do deserto. E de superar adversidades, pois temos raízes profundas. A única luta que se perde é a que se abandona! Minha inesgotável capacidade de luta vem de muitos movimentos políticos e sociais. O Fluminense apenas se tornou mais uma trincheira. O Exército Brasileiro em seu período autoritário agonizante não me silenciou! Não seriam alguns "mauricinhos engomadinhos" que fariam isso. Sinto muito.

Política é missão! Ativismo militante. Prazer ideológico. Motivo de honra e orgulho. Uma atividade nobre capaz de realizar a transformação social tão necessária em nosso injusto e querido Brasil. Está no sangue! Não é um fardo pesado a se carregar como para muitos no Fluminense. Por isso, prestigiei o lançamento do primeiro livro do Andel quando ainda não o conhecia.

Andel me parabenizou por destrinchar os "porões do Fluminense". Isso num local nobre da história de nosso país: o Paço Imperial. Depois descobri que se tratava de um poeta. Um bom poeta! Convergimos no mesmo segmento popular, democrático, ao lado dos trabalhadores e oprimidos.

No início de 2013, tive o prazer de participar de uma entrevista com Andel para o seu Panorama Tricolor. Uma grande gentileza o convite. Uma agradável conversa sobre meus dois livros: Carioca de 1971 e 1952 Fluminense Campeão do Mundo. Informalmente, falamos sobre um futuro trabalho meu, o "CARIOCA DE 1973". Sairá! E não nos encontramos mais.

Passaram-se alguns meses e veio a eleição do Flu. Apoiamos candidatos opostos. Democracia! Possivelmente entramos em alguma linha cruzada. Mas passado algum tempo, falou mais alto minha intenção de manifestar minha solidariedade ao Andel.

Tenho alguns livros do Andel. Sei muito bem da luta, do esforço e sacrifício que é para se publicar um livro em nosso país. Principalmente, se tratando de autores idealistas. Nenhum ser mortal ou comum no Brasil ganha dinheiro escrevendo e publicando livros. Muito menos ainda sobre o Fluminense. É tudo por prazer e paixão! E pensar que um idiota da objetividade me acusou de comparecer ao estande do Flu na Bienal para fazer marketing de meus livros. Hilário! É lógico que um idiota desses só vê partidarismos, refis e balancetes econômicos pela frente. Não sabe que o Fluminense é uma instituição centenária e sua história não pertence a nenhuma diretoria. Apenas retribuía um afetuoso convite do amigo Heitor D'Alincourt. Impossível de recusar.

No "Carioca de 1971" gastei bons recursos com fotografias. Loucura? Talvez sim. Mas, como dizia o poeta, tudo vale a pena quando a alma não é pequena. E qual alucinado por um clube de futebol já não cometeu loucuras? Não preciso de muito dinheiro, graças a Deus! Apenas queria oferecer o melhor aos tricolores. Como acredito que foi o mesmo pensamento de Andel em seu livro que ocasionou o referido problema. Um livro é algo como um título de futebol. É eterno!

No entanto, fiquei estarrecido quando soube que além de ação judicial pretende-se retirar o livro de circulação. Inacreditável! Inaceitável! Isso é tática nazista! Com isso, a atual direção do Fluminense compactua, protege e alimenta pessoas que utilizam táticas nazistas. Não tenho a intenção de atacar ou desqualificar a pessoa que move tal ação judicial. Mas a história nos ensina que os nazistas utilizaram esta tática torpe, vil e covarde, de impedir a circulação de livros destruindo-os. Faz parte da História. Infelizmente. Obviamente, a pessoa que ousou tal heresia ignora quem foi Mário Pollo, Henrique Coelho Netto e Paulo Coelho Netto, dentre tantos outros que formaram a nobre elite intelectual tricolor. Fomos o "orgulho do Brasil". Muito da inveja que sentem do Fluminense vem daí. Muito mais do que de nossas conquistas futebolísticas. Somos apenas seus humildes seguidores.

A questão é delicada! Neste instante, bombeiros são muito mais importantes do que incendiários. De toda forma, subscrevo meu total repúdio a este ataque a história do Fluminense. Registro minha veemente e fraterna solidariedade ao Andel. Que tudo seja resolvido da melhor maneira possível. De preferência sem que o Andel seja prejudicado e com a liberdade de circulação de livros tricolores. Pois em caso de algum tipo de cerceamento, quem estará sendo derrotado será o Fluminense.



Panorama Tricolor - Entrevista com Eduardo Coelho
https://www.youtube.com/watch?v=y8fTZCWqGGE

Um comentário:

  1. Caro Cidadão Fluminense,
    texto de enorme sensibilidade! E sensibilidade é uma característica altiva dos que tem força de espírito.
    Solidarizo-me com Andel, mas também com vc, que foi alvo de mais de uma tentativa de silenciamento por vias judiciais, perpetradas por "gente importante" dos círculos recentes de poder (interno) do Fluminense.
    Saudações Tricolores,
    Felipe Brito.

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